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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

A rota realizada.



Esta foi a rota que percorremos, durante esses 40 dias, que na sua maioria é asfaltada e com condições ótimas para dirigir. Em alguns lugares da Bolívia e do Perú -Um trecho de Uyuni a Oruruo e depois de Copacabana a Puno - o asfalto foi precário mas também estavam sendo feitos serviços de reparos e prolongamento do pavimento.
Na parte de terra, mais ou menos uns 10% de toda nossa rota, existem vários trechos com "costelas de vaca" e terrenos muito irregulares (buracos e muitas pedras... o rípio ou trucha). Mas nada que com paciência e cuidado não dê pra enfrentar com um veículo, de preferência, mais resistente; camionetas ou jipes com ou sem tração.
O nosso carro sofreu muito com a altitude. Acima de 3.000 metros começava a dar sinais de fadiga. A aceleração era muito pouca e trocava de marcha regularmente. Dizem que se regular o ponto para altitude melhora; se tirar o filtro de ar também, mas não o fiz, e com paciência nas subidas e às vezes até engatando a reduzida, deu pra encarar.
No deserto são retas a perder de vista e nas montanhas muitas curvas perigosas. É preciso ficar atento entre as belezas proporcionadas nas altitudes e suas curvas. Um olho no gato e outro no peixe, se não...
O único trecho que quase ficamos sem combustível foi na Bolívia, de Santa Cruz a Corumbá. Era domingo e tudo fecha. Mas sempre tem alguém, em alguma casa, que vende combustível pelo dobro do preço. Menos mal...
De Ollague, Chile, ao Salar de Uyuni, na Bolívia, o trecho é longo e se não tiver autonomia é bom carregar um tanque de reserva.
O país que mais se pediu o documento do veículo foi na Bolívia (na Argentina um pouco também). Os caras sempre fazem alguma coisinha pra você dar uma propina pra eles. Mas é tranquilo. A grana deles vale 1/4 do nosso e qualquer $ 2 pesos bolivianos eles já ficam felizes.
Quanto a nós fisicamente, a altura também provoca (dependendo da pessoa) dores de cabeça e mal estar. Tudo tem de ser feito devagar porque realmente cansa. Dá fadiga!!!
Não tivemos problemas com dinheiro. Em todas as cidades, mesmo que pequenas, existiam caixas eletrônicos para sacar na moeda local ou até em dólar se preferisse. Não levamos dólar, sacávamos o necessário para a região e o que sobrasse trocávamos ou comprávamos artesanatos, refrigerantes, água, combustível...
O ideal é fazer um planejamento com o que vai gastar pra não ter de fazer muitos saques; é cobrado uma taxa de R$ 9,oo por cada saque, indepedente do valor. Alguns restaurantes, hotéis e postos aceitam cartões de crédito mas é bom estar prevenido, com din-din no bolso.
O cartão de banco que tem o serviço da Cirrus é aceito em todos esses caixas. Muito fácil e tranquilo.

O nosso custo médio diário (países como Chile os custos aumentam bastante; Argentina e Peru mantém uma média e na Bolívia é muito mais barato) com hospedagem, refeição e combustível foi de mais ou menos R$ 300,00 (US$ 160) por dia, para 2 adultos e 2 crianças. Na maioria dos hotéis ficávamos em quarto triplo.

Para sairmos do Brasil, providenciamos:

1- Carta verde (seguro obrigatório), pra andar na Argentina. O único lugar que pediram. Uns R$ 210,00
2- Fazer extensão de perímetro do seguro para os países fora do Mercosul é importante. Nunca se sabe o que pode acontecer. R$ 230 para 22 dias. Bem, aqui vai de cada seguradora. É bom negociar.
3- Carta Internacional. Fiz mas nunca me pediram. Não acho necessário. Foi mico!!!
4- Vacina de febre amarela. Fizemos e não nos pediram (muito menos para as crianças). Mas é bom fazer.
5- Levamos muita água, refrigerante, sucos... bolachas, chocolates... existem muitos trechos distantes que não tem nem borracheiro, imagine boteco, então.
6- Ter um GPS com as rotas desses lugares é importante. Nem sempre algumas rotas do GPS são tão corretas mas serve de orientação. É um Garmin com mapa da América do Sul.
7- Se o carro estiver alienado é bom pegar uma autorização com a financeira. O importante é estar no nome da pessoa. Os guardas sempre veêm isso. Nunca me pediram mas acho que é importante.
8- Eu levei dois triângulos mas nunca me pediram.
9- Mandei fazer um cambão (ouvi muito relato que precisaria mas nunca me pediram)e cheguei a usá-lo quando atolei meu carro.
10- Levei passaporte mas meus filhos (de 9 e 6 anos) foram com RG. Sem problemas.
11- Imprimi vários mapas do Google e peguei alguns de estradas nos sites dos países. Nem compramos mapas ou guias. Fomos no feeling e deu certo. Alguns hotéis constam no GPS e outros é na raça e no pedido de informação para as pessoas em cada localidade.
12- Ah... se for em alguma praia do Chile, não beba!!! rsrsrs

Meus irmãos, parentes e amigos, a nossa intenção com esse blog é o de ajudar a clarear a mente de quem, assim como foi conosco, está a procura de alguma informação para uma viagem por esses locais. Quando começamos a pensar nessa viagem e nos preparamos em apenas 15 dias ficávamos pesquisando em blogs e sites e encontramos alguns que nos davam esse nível de informação que também tento fornecer pra quem estiver interessado. Para nós foi muito importante para que ficássemos a par do que aconteceu com os viajantes e pelos lugares e condições por onde passavam, se alimentavam e se hospedavam. Nos deu tranquilidade e confiança em seguir a frente com a nossa expedição. Espero que essas informações que postei sirvam também para as pessoas que tenham esse propósito.
Agradecemos a todos que nos seguiram e que nos deram força quando precisamos para o conserto do carro.
Estamos a disposição e dispostos, para os que queiram mais informações sobre esse roteiro.

Até a próxima...

Loucos Por Ti América.
Afonso (Dig Don), Juliana, Cauan e Rahi.





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