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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Tour por Chacaltaya e o Vale de la luna, na Bolívia.

Valle de la luna, em La PazChacaltaya... chegamos na neve!


Afonso, de vermelho, e Cauan, de amarelo, subindo o pico.









28 Jan - 5.948 km - Hoje saímos as 8:30h, deixamos o carro na garagem, para fazer um tour por Chacaltaya, uma antiga estação de esqui -era a maior do mundo- que está desativada fazem 5 anos pelo problema do aquecimento global. A montanha, com 5.300 m de altura, foi degelando mas mesmo assim, hoje em dia, é utilizada para visitação. Todos ficamos deslumbrados em ver, pisar e tocar na neve. A molecada fez até guerra de neve. Subimos no topo e é cansativo... tem que ir aos poucos e respirando na boa.
É muito emocionante ver tudo de cima e ainda pisar na neve... fofa. Deve ser uma das sensações de um alpinista.
Depois disso seguimos para o Valle de la luna, em La Paz, mas chegando lá estava fechado. Mesmo assim deu pra tirar umas fotos pois esse vale se estende pela cidade.

Hostel Maya - $ 209 bolivianos - uns R$ 60,00
Diesel - $ 230 bolivianos para 61,8 litros

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Em La Paz, agora mais sossegado.

Isso é La Paz. O Nome não me parece muito sugestivo para tanta bagunça, mas...

Quer comprar coisas baratas, esse é o lugar!

27 Jan- Com todas as notícias de chuva no Peru resolvemos baixar a crista e dar um tempo em La Paz e fazermos uns tours. Mudamos de hotel e estamos agora no centro do comércio de roupas e artesanatos bolivianos, entre vários hotéis, hostels e empresas de turismo. Aqui que a galera se encontra. Mudei de opinião sobre a cidade -pelo menos nesse centro-. Me pareceu muito um pelourinho com toque andino.
Muito comércio das roupas tradicionais do povo andino. Comércio de pulgas e muitos retaurantes de todos os tipos. Consegui uma internet num café muito legal e tranquilo. Prédios antigos, muitos gringos, um trânsito infernal que me lembra muito as vans que fazem os coletivos na periferia de São Paulo. Até acho que importaram daqui. Num sentido geral, é muito legal... pero loco, chico!!!!

Diesel - $ 230,00

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Chegamos em La Paz, Bolívia... que de paz não vi nada


26 Jan - 5.948 km - Saímos de Uyuni 10h em direção a La paz, passando por Oruro - uma cidade muito suja e feia, que me desculpem os Bolivianos-. O trajeto é de rípio com muita costela de vaca, alguns lugares com barro que dá dó do carro. Realmente um caminho off-road pra não botar defeito. São uns 170 kms dessa forma, fora a atolada que dei num desvio de estrada, sem sinalização, achei que era estrada, vi um barrinho e quando dei por mim o carro afundou e estancou. Não tinha acelerado o suficiente. Mancada!!! Aliás, como disse antes, não adianta acelerar que o carro não responde. Dá falta de ar... no carro e na gente.
Não consegui sair do atoleiro mas graças a Deus passou um trator. Daí é mole, nem precisa de 4x4. O carro tá aguentado mas fico com o pé atrás por conta do que passamos. O resto da estrada, até La Paz, é de asfalto muito legal e tranquilo de se viajar.
Chegamos umas 21h em La Paz e custamos muito para achar um hotel. Esse lugar é uma muvuca!!! Os taxis por aqui estão em frequente disputa e os carros normais no meio disso. Buzinas a todo momento, independente da hora, e pedestres no meio da pista se desviando. É um caos. Mas os bolivianos acham normal. Não sei mais o que é normal...

Hotel Castellon - $ 562 bolivianos

Na estrada, de Oruro a La paz
Atravessando uma ponte submersa na água.



A cordilheira com neve, entre Uyuni e Oruro


Pra quê turbo diesel?


Salar de Uyuni. Precisa falar alguma coisa?






Como fica um carro no meio de tudo isso.


Isla del pescado.


Não dá pra saber o que é céu ou chão.



25 Jan - 5.348 km - Hoje fizemos o passeio por um dia pelo Salar de Uyuni. Passamos pelo hotel de sal e seguimos até a Isla del Pescado. Uma viagem pra não se perder na vida. Nessa época chove muito por aqui e o salar fica inundado com uma lâmina de água que varia até uns 30 cms de água. Por conta disso, o salar vira um espelho do horizonte. É impressionante!!! Aqui cada virada de olho é um flash.

Tour de um dia para o Salar - $ 1.000 bolivianos
Diesel - $ 300 bolivianos





Só deserto e muitos vulcões




Lasana. Ruínas antigas A.C.


ChiuChiu, um oásis no meio do deserto do Chile. Pueblito num lugarzinho privilegiado.


24 Jan - Hoje é o dia de sair do Chile e entrar na Bolívia. Saímos de ChiuChiu, passamos por Lasana, um pueblito com ruínas antigas. Passamos por uma região desértica e rodeada de montanhas e vulcões. O vulcão Ollague solta seus suspiros. A terra tem vida minha gente!
Foi tudo tranquilo na aduana. Os bolivianos sempre pedem uma graninha. Dei uma garrafa de vinho pra um fiscal pois quando viu umas garrafas de vinho disse que era só permitido entrar com 5 kg de qualquer coisa. Eu disse que a água e os sucos eram pros meninos, na sequência da viagem, por conta de contaminação, e o vinho era pro casal relaxar a noite. Perguntei: quer relaxar essa noite?... pega essa garrafa pra você. Me liberou na hora. rsrsrs
Seguimos pela Bolívia nos seus altiplanos e a altitude foi aumentando e também a geografia. A estrada é de rípio e com alguns ou muitos pontos de costelas de vaca. Você vibra por dentro!!!! Estremece muito, que chega a dar dó do carro. Mas quem anda anda na terra sabe que o que acontece com o carro numa situação dessas. O carro, como sempre sofre nas altitudes. É impressionante, só vivendo a situação. O carro não responde e às vezes coloco reduzida pra ele não parar.
A gente sofre com a altitude também... não dá pra sair correndo e eachar que vai voltar na boa. Tem que andar na boa... no passo do elefantinho... manja???
No lugar do seco, alguns pingos de chuva que aos poucos iam aumentando. Chegamos em Uyuni com tempo nublado e algumas trovoadas e pancadas de chuva forte. E mais frio.... bbrrrrrrr!!!!!

sábado, 23 de janeiro de 2010

O carro ficou pronto, vamos partir com la gracia del Diós.

23 Jan 4.140 + 700 da viagem para o pacífico= 4.840 Km - Logo de manhã fui a oficina onde estavam arrumando o turbo. O grande desenlace dessa vez foi que o turbo veio com a carcaça diferente da original do carro. O mecânico deve de fazer uma adaptação, com concessão do técnico de Antofogasta, e teve muito vai-e-vem com a empresa TurboDal pois assumiram que tinham se equivocado e que queriam que retirassem o turbo e o mandassem de volta a Santiago. Não, não, não... me paguem estadia, hora do mecânico, alimentação e blá,blá, blá que retiro o turbo: eu disse. Chegaram a dizer que não iriam dar garantia. Bati o pé, pedi pra falar com diretor e tudo o mais... por fim mantiveram a garantia e a forma como foi colocada o turbo. Esperamos que essa parte da história tenha terminado e que siga para um final mais do que feliz. Bem, é o que nos propomos desde a saída de casa. Agora são uma 1:40h e logo estamos de saída para Chiu Chiu, uns 35 km daqui. Que Deus nos acompanhe... é tudo que nos resta.

Pousada em Chiu Chiu- $ 20 pesos chilenos
Jantar - $ 7 pesos
Café - $ 6 pesos

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

De volta a Calama, não aguentamos mais esta cidade!

Mina de cobre em Chuquicamata - (peguei essa imagem da internet porque acabou a bateria da máquina... mancada... deve ser antiga pois me parece mais fundo hoje em dia).



Chuquicamata - Uma cidade que sumiu do mapa por conta do comércio de cobre. Virou a maior mina de cobre do mundo.
O tour para essa mina é grátis - com ônibus e guia - mas se você quiser dar uma ajuda a uma ONG que cuida de crianças em Calama é muito bem-vindo.




22 Jan - Saímos de Tocopilla as 9h da manhã e chegamos em Calama as 10:30h pra pegar o turbo e finalmente consertar o carro. Chegamos com o turbo na mão e o mecânico viu que estava faltando as juntas. Ai, ai, ai...
Voltamos ao escritório da TurboDal e colocamos eles em contato com o mecânico. Se entenderam e parece que agora vai. Ficou de me entregar o carro as 19h. Eu não vejo a hora de sair daqui. Calama é uma cidade no meio do deserto que tem sua economia voltada a mineração. Ou seja, uma cidade de 200.000 habitantes que é rica mas só caem uma gotas de água de ano em ano, nessa época (ainda não peguei chuva e dura um minuto). Hoje, fomos visitar a mina de cobre em Chuquicamata (uma ex-cidade que retiraram os habitantes e os transferiram para Calama, no sentido de estender a mina) e que é a grande geradora da economia. Um tour com explicação e visitação, in loco, a maior mina de cobre em solo aberto, do mundo. Não dá pra acreditar!!! Um buraco com 1 km de profundidade e mais 1 km de lado a lado. Caminhões fora de estrada, lá embaixo no buraco, parecem formiguinhas daquelas de açucar. É impressionante! Além do lítio que o Chile retira em Atacama (40% da produção mundial) eles tem essa mina de cobre que é a primeira em produção no mundo. Só pra China vendem 45% da produção. É mole! Os cucarachos não são bobos não.
Tudo isso no meio do nada. Trabalhinho de cão!

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Carro na oficina e nós na estrada.


Tocopilla - cidade praiana do chilenos do norte. Quer encarar? Eu sai fora...

Oceano Pacífico, com as casinhas características dessa região.

Juan López de cima. Os chilenos destas bandas sujam demais as praias.

Mejillones - Esse é o jeito dos pescadores artesanais, chilenos, viverem na praia.

Pra quê guarda-sol se pode levar uma "meia-barraca"?


O Cauan criou um chapeuzinho pra proteger a cabeça do ...


Muitas conchas...

Pelicanos originais, só faltaram os peixes na bolsa...


Será o carro do Harry Potter?


Juan López

La Portada. Pensam que só Jericoacara tem buraco nas pedras?


De encontro ao Oceano Pacífico.



20 Jan - De Calama a Antofagasta - Depois de tudo resolvido em relação a peça, saímos a procura de fazer aquilo que nos propomos: viajar, passear, relaxar!!! Procuramos ônibus para algum destino mas a saída e o retorno não coincidia com a chegada da peça, na sexta. Fizemos as contas em relação aos gastos dos ônibus para os 4 viajando para algum destino e voltar para Calama. Não deu outra, alugamos um carro pois sairia mais barato e... saudades de praia, de água... chega de deserto. Zarpamos para o Oceano Pacífico em meio a uma imensidão de deserto, repleto de mineradoras! Ficamos emocionados quando o Pacífico apontou no horizonte em Antofogasta. UUUHHHHUUUUUUUU!!!!
Daí de Antofogasta, partimos pelo litoral do Pacífico em direção a Tocopilla.
Dormimos em San Juan, um lugarejo de grande movimentação balneária. A forma dos chilenos curtirem a praia, pelo menos por aqui, é muito diferente de tudo que vimos. Eles acampam nas praias ou trazem pequenas meia-barracas só para se protegerem; com direito a farofagem, sujeira e nada de cerveja ou qualquer álcool. Entramos num bar, secos por um cervejinha... pedimos para a balconista e ela nos serviu 2 latinhas. Estávamos bebendo tranquilamente quando chegaram 2 carabineiros perguntando quem nos tinha servido a cerveja... mó quiprocó, pros caras do bar, e nós só ficamos observando e bebendo claro! Foi mal!!! Não se pode beber na praia, aqui no Chile. Sem chance. Vai preso, só isso!!! No bar pode mas o cara do bar não devia ter licença pra isso, daí a pressão em cima deles. Fomos embora tristes pelos chilenos e por nós, de ter bebido somente 2 miseráveis cervejinhas. Ficamos na nossa pros guardinhas não ficar mirando demais a gente.

Aluguel de pickup Nissan Diesel - $ 41.000 pesos por dia
Chalé em San Juan - $ 30.000 pesos


21 Jan - De Antofagasta, Isla Santa Maria, Juan López, a Tocopilla - A outra surpresa foi que: água mesmo só no oceano porque até chegar no Pacífico, e continuar margeando por ele, a natureza por aqui só brota rocha, pó e montanhas onde se retiram muitos metais. No lugar de cidades praianas, cidades mineradoras com praia. Sinistro... A estrada toda num deserto que margeia o oceano; uma combinação estranha mas linda e inimaginável para nós que somos acostumados com montanhas de matas e muita água jorrando entre elas.
Uma coisa desagradável foi ver muita sujeira nessas praias e em todo trajeto que fizemos. As cidades, lugarejos, praias... tem garrafas quebradas, latas, papéis, sacos plásticos jogados e às vezes um monte de lixo juntado num local qualquer, com cara de quem está lá há muito tempo. Os caras aqui não tem piedade com o meio ambiente. É desastroso... fora os cocozões de cachorro por toda a parte. Para um lugar que não chove, imaginem.
Passamos por praias de areias brancas, outras escuras e a maioria de pedras. Não vi uma planta brotando e nem um fio de água correndo. Aqui se economiza água no banho e a água de garrafa tem um gosto mais salgado.
Falando em banho e água, é claro que entramos no mar. Tirar a zica nas águas do pacífico! Xooooôôôô...
Vamos dormir em Tocopilla e amanhã, chegar antes das 11 em Calama para pegar a peça no carro. Já recebi o email da empresa TurboDal, que arrumou a peça, informando que ela chega na sucursal de Calama na sexta de manhã. Viva!!!

Hotel em Tocopilla (meia boca)- $ 20.000 pesos
1 pizza grande e boa com refrigerantes ( sem cerveja...) - $ 11.000 pesos
Diesel - $ 25.000

Obs: As estradas desses trechos, são impecáveis. Retonas que você nem sente a hora passar. É claro que na do litoral existem algumas curvas... mas é tranquila. Os caras vão de 130 a 160 na boa.

Fizemos uns 700 km nesse percurso.