20 Jan - De Calama a Antofagasta - Depois de tudo resolvido em relação a peça, saímos a procura de fazer aquilo que nos propomos: viajar, passear, relaxar!!! Procuramos ônibus para algum destino mas a saída e o retorno não coincidia com a chegada da peça, na sexta. Fizemos as contas em relação aos gastos dos ônibus para os 4 viajando para algum destino e voltar para Calama. Não deu outra, alugamos um carro pois sairia mais barato e... saudades de praia, de água... chega de deserto. Zarpamos para o Oceano Pacífico em meio a uma imensidão de deserto, repleto de mineradoras! Ficamos emocionados quando o Pacífico apontou no horizonte em Antofogasta. UUUHHHHUUUUUUUU!!!!
Daí de Antofogasta, partimos pelo litoral do Pacífico em direção a Tocopilla.
Dormimos em San Juan, um lugarejo de grande movimentação balneária. A forma dos chilenos curtirem a praia, pelo menos por aqui, é muito diferente de tudo que vimos. Eles acampam nas praias ou trazem pequenas meia-barracas só para se protegerem; com direito a farofagem, sujeira e nada de cerveja ou qualquer álcool. Entramos num bar, secos por um cervejinha... pedimos para a balconista e ela nos serviu 2 latinhas. Estávamos bebendo tranquilamente quando chegaram 2 carabineiros perguntando quem nos tinha servido a cerveja... mó quiprocó, pros caras do bar, e nós só ficamos observando e bebendo claro! Foi mal!!! Não se pode beber na praia, aqui no Chile. Sem chance. Vai preso, só isso!!! No bar pode mas o cara do bar não devia ter licença pra isso, daí a pressão em cima deles. Fomos embora tristes pelos chilenos e por nós, de ter bebido somente 2 miseráveis cervejinhas. Ficamos na nossa pros guardinhas não ficar mirando demais a gente.
Aluguel de pickup Nissan Diesel - $ 41.000 pesos por dia
Chalé em San Juan - $ 30.000 pesos
21 Jan - De Antofagasta, Isla Santa Maria, Juan López, a Tocopilla - A outra surpresa foi que: água mesmo só no oceano porque até chegar no Pacífico, e continuar margeando por ele, a natureza por aqui só brota rocha, pó e montanhas onde se retiram muitos metais. No lugar de cidades praianas, cidades mineradoras com praia. Sinistro... A estrada toda num deserto que margeia o oceano; uma combinação estranha mas linda e inimaginável para nós que somos acostumados com montanhas de matas e muita água jorrando entre elas.
Uma coisa desagradável foi ver muita sujeira nessas praias e em todo trajeto que fizemos. As cidades, lugarejos, praias... tem garrafas quebradas, latas, papéis, sacos plásticos jogados e às vezes um monte de lixo juntado num local qualquer, com cara de quem está lá há muito tempo. Os caras aqui não tem piedade com o meio ambiente. É desastroso... fora os cocozões de cachorro por toda a parte. Para um lugar que não chove, imaginem.
Passamos por praias de areias brancas, outras escuras e a maioria de pedras. Não vi uma planta brotando e nem um fio de água correndo. Aqui se economiza água no banho e a água de garrafa tem um gosto mais salgado.
Falando em banho e água, é claro que entramos no mar. Tirar a zica nas águas do pacífico! Xooooôôôô...
Vamos dormir em Tocopilla e amanhã, chegar antes das 11 em Calama para pegar a peça no carro. Já recebi o email da empresa TurboDal, que arrumou a peça, informando que ela chega na sucursal de Calama na sexta de manhã. Viva!!!
Hotel em Tocopilla (meia boca)- $ 20.000 pesos
1 pizza grande e boa com refrigerantes ( sem cerveja...) - $ 11.000 pesos
Diesel - $ 25.000
Obs: As estradas desses trechos, são impecáveis. Retonas que você nem sente a hora passar. É claro que na do litoral existem algumas curvas... mas é tranquila. Os caras vão de 130 a 160 na boa.
Fizemos uns 700 km nesse percurso.